Conheça nossa história

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Você sabe o que a RENASCENÇA?

O QUE É A RENASCENÇA?

A Renascença é um artesanato feito com linha, agulha e lacê. O lacê é uma fita fina com furos pequenos nas laterais. É ele que sustenta a trama tecida com os pontos e forma um bordado delicado. Os pontos são feitos com o entrelaçar de fios, sobre um desenho de papel. Para apoiar, as rendeiras usam uma almofada de tecido. Esse entrelaçar não é simples. Tecer uma Renascença exige paciência, concentração e talento.

Foi na Europa, provavelmente na Itália, entre 1400 e 1600, que a Renascença nasceu. As freiras produziam a renda nos conventos. A história mais conhecida sobre sua chegada ao Brasil é a de ela que foi trazida por freiras francesas no período da colonização. Na década de 1930, o ofício chegou ao agreste pernambucano e, no final da década

de 1950, ao Cariri, na Paraíba. Na Europa, a renda era muito usada para enfeitar roupas masculinas. No Brasil, era utilizada nas roupas dos padres e na decoração de altares. Quando passou a ser usada fora das igrejas, a Renascença era vista como símbolo de riqueza.

A HISTÓRIA DA RENASCENÇA NO BRASIL

Nas mãos das mulheres do Semiárido nordestino, a Renascença foi ganhando características da cultura brasileira. O uso das cores foi uma delas. Enquanto a renda na Europa era tecida apenas em branco, a Renascença brasileira foi ficando com cores vivas e desenhos cheios de criatividade.

Aos poucos, a Renascença saiu dos conventos e igrejas e passou a ser usada na decoração da casa, em toalhas de mesa e de bandeja. Depois, virou roupa feminina. E, hoje, se encontra a Renascença em muitos tipos de peças, como brincos, colares, cintos, bolsas, capas de celular, de agenda, de bíblias etc.

Não é no livro, nem na universidade que se aprende a tecer renda. É na palavra, nos traços e pontos da mulher rendeira que está o saber. É tecendo e conversando que elas aprendem e ensinam renda às comadres, primas, vizinhas, às suas filhas e a alguns filhos também. Seja dentro de casa, seja em espaços da comunidade, é nas rodas de conversa que a Renascença se mantém viva. Hoje em dia, com as tecnologias, essas conversas ganham o mundo através das redes sociais. Algumas rendeiras usam a internet para divulgar seus trabalhos e ampliar as encomendas.

Todo o texto presente nessa página foi extraído e autorizado do: FUNDO INTERNACIONAL DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA. Pontos e História: Renda Renascença e Mulheres Rendeiras. Instituição Interamericano de Cooperação para a Agricultura, Salvador: IICA, 2017.

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